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22 de abr de 20173 min

Inconfidência Mineira

Um dos símbolos mais característicos do cristianismo é o PASTOR DE REBANHOS. Por qual razão a INCONFIDÊNCIA MINEIRA MAÇÔNICA vai extrair para seu uso próprio, como marca simbólica, o dístico em latim “Libertas Quæ Sera Tamen”das ÉCLOGAS de Virgílio? As ÉCLOGAS trazem como tema central o duelo dos PASTORES. Oras, uma vez que um movimento revolucionário assume-se como PASTOR, símbolo de Cristo, é porque traz para o movimento o carisma providencial do PASTOR DE REBANHOS. Um dos objetivos da maçonaria é destruir a cristandade, bem como apropriar-se dos Valores e do Papel da igreja de Roma. Nesse sentido, o Documento da Venda Suprema é emblemático.


Outra FRAUDE sobre a Inconfidência Mineira é o dístico em latim “Libertas Quæ Sera Tamen”. Proposto pelos inconfidentes maçons para marcar a bandeira da REPÚBLICA DE MINAS GERAIS foi extraído da primeira ÉCLOGA de Virgílio, parte do diálogo entre Meliboeus e Tityrus:

“Et quæ tanta fuit Romam tibi causa videndi?
 

 
Libertas, quæ sera tamen, respexit inertem”

Inventaram que essa frase tem a ver com Marília de Dirceu do Tomás Antonio Gonzaga. Nada mais bizarro. Na verdade, a leitura da obra de Virgílio elucida e MUITO a proposta revolucionária por trás da bandeira. Quanto a isso, basta recordar que a ÉCLOGA um poema PASTORIL (Cristo é PASTOR DE REBANHO) faz menções várias à Sibila de Cumas e aos tempos novos que sucederiam após certos acontecimentos criando uma NOVA ORDEM MUNDIAL…

Link sobre Virgílio: https://www.academia.edu/4785846/Coment%C3%A1rios_sobre_a_%C3%89cloga_IV_de_Virg%C3%ADlio_traduzida_por_Odorico_Mendes_2008


Republico um artigo da Folha de São Paulo de 21 de Abril de 1999 e do Centro de Memória da Unicamp sobre a FRAUDE DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA:

“Há 30 anos o historiador carioca Marcos Correa vem tentando comprovar sua suspeita de que Tiradentes não morreu enforcado em 21 de abril de 1792. A desconfiança lhe surgiu em Lisboa, em 1969, quando Correa viu fotocópias de listas de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa em 1793. Lá, estava a assinatura de José Bonifácio de Andrada e Silva, que era o objeto de suas pesquisas naquela época. Próximo à dele, também aparecia a de um Antonio Xavier da Silva. Funcionário do Banco do Brasil, Correa se formara em grafotecnia e, por acaso, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Com o auxílio do amigo português professor Rodrigues Lapa, Correa confrontou as assinaturas de Antonio e Joaquim José: “a semelhança era impressionante”.
 

 
A partir dali, começou a sua “busca da verdade” sobre Tiradentes, que ele espera ver publicado em livro no ano que vem.”

Link do CMU (Centro de Memória da Unicamp):
 
http://www.centrodememoria.unicamp.br/…/sarao_texto_03_emai…

Link da Folha:
 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc21049926.htm


A Inconfidência Mineira (1789 – mesmo ano da Revolução Francesa) é outro embuste historiográfico brasileiro apresentada como um movimento que buscava a independência do Brasil. Nada mais distante da realidade. Era um MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO MAÇÔNICO (um dos muitos que aconteceram no Brasil antes, durante e depois da Independência) que objetivava a criação da REPÚBLICA DE MINAS GERAIS. Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, todos lutavam para fatiar o Brasil em inúmeras republiquetas tendo cada qual um presidente maçom.

O historiador inglês Kenneth Maxwell (in: “A devassa da devassa”, 1978.) é um dos que desmente a tese da inconfidência. Há 30 anos o historiador carioca Marcos Antônio Correa vem trabalhando na mesma linha citando, inclusivamente, os Martim Francisco Terceiro (“Contribuindo”, de 1921) e Hipólito da Costa (“Narrativa da Perseguição”,1811), considerado o patriarca da Imprensa Brasileira, entre outros. Tito Lívio Ferreira defende a mesma tese de MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO da Inconfidência Mineira.

Evidentemente, que a historiadora da USP Laura de Mello e Sousa discorda dessas versões, por razões óbvias.

Anexo Link da Biblioteca Nacional sobre Hipólito da Costa: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1285840.pdf


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