O Concílio Vaticano II determinou que o dia de Reis deixasse de incluir-se entre os dias santos de guarda, com o argumento de que o episódio da visita dos Reis Magos ao Presépio, descrito por Mateus (II, 1-12), não se acha historicamente confirmado. Os evangelhos apócrifos enriqueceram o relato do evangelista que omite quantos eram e os seus nomes.
No DIA DE REIS come-se o BOLO REI. “A fava do bolo-rei confere ao seu detentor (e somente àquele a quem tenha calhado em sorte), o direito de permanecer no mundo dos vivos um ano suplementar, ficando obrigado a retribuir tal prerrogativa, mediante a aquisição de novo bolo-rei.”
Afirma Alice Lázaro: “A celebração da Festa dos Reis Magos, que passa a 6 de Janeiro, encerra conteúdo abundantemente simbólico. Não entraria nisso, porque não vem agora ao caso. Porém, abrindo o jornal, deparei-me com o quadro e não resisti a partilhá-lo convosco. Domingos Sequeira foi o pintor desta obra que está hoje no acervo do MNAA (Museu Nacional de Arte Antiga – Lisboa), adquirido por subscrição pública, não há muito tempo, pois estava em vias de ser leiloada internacionalmente pelo seu possuidor.
Foi uma aquisição de peso sobretudo e, no meu ponto de vista, por se tratar de uma peça de um pintor que iniciou uma corrente em Portugal divergente da estética clássica. Tornou a esta, na inspirada adoração que vemos, depois de ter caído em si, voltando para a tradição e a religião de que se afastara em termos intelectuais, acompanhando a agenda política do tempo. Foi pintor régio de D. João VI e a este magnânimo soberano ficou a dever tudo o que fez na vida”.