A origem do Anjo Custódio de Portugal continua envolta em mistério, e são poucos os documentos que nos permitem confirmar a época em que surgiu a sua devoção por parte do povo português, apenas podemos afirmar a mesma teve grande aumento durante o reinado de D. Manuel.
No reinado de D. Manuel a devoção ao Anjo Custódio de Portugal tomou novos contornos, sendo que foi ele o responsável por dar consistência legal e oficial a um costume que se pressupõe ser bastante antigo." (Ana Cristina Ferreira Fonseca, "A representação do Anjo Custódio de Portugal").
A Festa do Anjo Custódio de Portugal realiza-se em Portugal, no terceiro domingo de Julho, desde pelo menos 1504, ano em que o Rei D. Manuel I escreveu às câmaras de Évora e Coimbra a informar do pedido feito ao papa Leão X, «com os Prelados dos nossos reinos», da instituição da Festa do Anjo Custódio do Reino.
Imagens:
1) Iluminura do "Livro de Horas de Dom Manuel";
2) escultura de Diogo Pires, o Moço, Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra, Portugal;
3) Faria e Sousa, 1639, t. IV, cols. 291-292, ilustração do Canto X, Lusíadas, Camões;
Sobre a imagem dos Lusíadas (fig.3): "A parte direita da imagem remete para o banquete que reúne as ninfas e os navegadores portugueses no início do canto. Na parte esquerda, aparece a cena — posterior na cronologia poética — na qual Vasco da Gama recebe a revelação e visão das esferas que rodeiam a terra, seguida por uma descrição geográfica dos quatro continentes então conhecidos. Esta esfera aparece sob a forma de um artifício maravilhoso que evoca tanto a armilar com a qual se representava então o globo celeste, como um conceito, aquele da esfera das Ideias, representação neoplatónica do Tudo inteligível, como bem demonstrou James Nicolopulos"
(Aude Plagnard, in: "A descrição da máquina do mundo: Francisco Garrido de Villena e Luís de Camões").
4) Anjo Custódio de Portugal/Convento de Cristo e Anjo Tenente da Ordem de Cristo,
5) comunidades lusófonas
Comments