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AS IDEIAS DE INTELECTUAL X INTELECTUAL ORGÂNICO

Compartilho o post do crítico literário Rodrigo Gurgel (talvez o único no Brasil que mereça esse título) que fala sobre as diferenças entre o intelectual verdadeiro X intelectual orgânico (preso a projetos político-ideológicos):

“Nossa ideia de intelectual está, desgraçadamente, presa à do acadêmico — quase sempre um sociólogo — que, figura carimbada dos programas jornalísticos, aparenta ter uma opinião formada sobre os mais variados assuntos. Contudo, nada pode estar mais distante da vida intelectual do que esse esse falso expert que tem soluções mágicas para todos os problemas. Um intelectual é alguém que, ao mesmo tempo, se interroga e interroga o seu tempo; questiona-se e questiona a sua cultura, os valores da sua época, as escolhas e o modo de viver dos seus contemporâneos; investiga o que o passado nos legou e realiza o diálogo crítico entre essa tradição e o presente. Ou seja, ele transcende a ordem imediata das coisas e busca a verdade que nasce desse diálogo com o conhecimento universal, com a inteligência. O comentarista da tevê ou do rádio é, quase sempre, o servidor de um partido ou de uma ideologia — ele se traveste de intelectual, mas, por ser quem é, só consegue repetir fórmulas prontas, tem o desempenho de um ilusionista das palavras. O verdadeiro intelectual está em busca de respostas que independem da ideologia dominante ou dos modismos acadêmicos. O que ele busca é um encontro pessoal com a verdade.”

 

O post de de Rodrigo Gurgel faz uma distinção necessária e urgente das abissais diferenças entre um intelectual de verdade X intelectual orgânico ( adepto de projeto politico-ideológico). Cito alguns pontos importantes para a compreensão necessária dessa distinção:

1) O Brasil de hoje educado há mais de 50 anos no método de Montessori, de Gramsci, de Paulo Freire, de Piaget, de Vigotsky, etc, investiu e formou (propositalmente) uma geração de analfabetos funcionais cuja definição é aquela pessoa que sabe ler, ou seja, é alfabetizada, mas, é completamente incapaz de entender as IDEIAS dentro do texto, não formula raciocínio. Quanto a isso, o brilhante professor Pierluigi Piazzi tem inúmeros vídeos na internet e desde a década de 1970 alertava sobre o tema;

2) O analfabeto funcional pode chegar até a universidade, mas, nem por isso deixará de ser analfabeto funcional com diploma de nível superior e pós-graduado. Que cenário concreto teríamos para o país ter várias gerações educadas por analfabetos funcionais sendo elas mesmas analfabetas funcionais? Eis o ponto gravíssimo e verdadeiro da situação cultural/educacional do Brasil;

3) Via de regra, no Brasil, os professores universitários (e não só) são militantes políticos-partidários. Constituem o que se chama tecnicamente de “intelectuais orgânicos” ( estão à serviço do partido socialista-comunista). Ou seja, a educação tornou-se um meio de difusão das doutrinas ideológicas e partidárias compromissadas, portanto, com a formação de um tipo de militância civil, sem estar aparentemente ligada a algum partido político, isto é, trata-se de um método imperceptível e silencioso de adesão à ideologias. Uma conversão silenciosa, demoníaca, própria de governos totalitários. Este método integra o termo técnico “engenharia social”. O projeto ESCOLA SEM PARTIDO visa proibir a militância político-ideológica dentro da educação no Brasil;

4) Os meios acadêmicos são os mesmos da ciência, portanto, para além da hegemonia intelectual existe a hegemonia dos projetos científicos e da linha de produção industrial, uma vez que a produção científica embasa novos produtos industriais que serão disponibilizados para os consumidores. Estamos diante de uma teia de circularidade auto-evidente;

5) Os meios acadêmicos tem ligação direta com a pauta dos principais jornais e televisões do país, resultando em programas carregados do viés ideológico-partidário mascarado de livre-iniciativa. A imprensa e mídia brasileiras são um monopólio estatal-privado cuja simbiose é auto-evidente e vital para manutenção do status quo do establishment. A nenhum governo interessa retirar o monopólio da principal emissora de TV no Brasil. Quem começou esse processo simbiótico com absoluto rigor foi Getúlio Vargas na década de 1930;

6) Os meios acadêmicos direcionam ideologicamente as seguintes linhas de pesquisa e editoriais: 1) CNPQ, CAPES, FIOCRUZ, etc; 2) as editoras científicas com centralização do discurso no eixo Rio-São Paulo. Poucas pessoas sabem que tudo que é editado dentro do eixo Rio-São Paulo é considerado pesquisa de primeira linha, as pesquisas fora desse eixo são marcadas com o selo de “regionais”, portanto, são consideradas “menores”( se é que me faço entender). Dentro do eixo Rio-São Paulo as principais universidades nesse comando são: USP-UNICAMP-PUC/SP- PUC/Rio-UFRJ-UFF-UERJ;

7) Os intelectuais orgânicos antes de 1930 começaram a ocupar os espaços nos jornais/revistas/liceus literários,etc, antes da vinda da Família Real para o brasil (1808). Por conhecer a fundo essa militância ideológica Millor Fernandes afirmou: “a imprensa brasileira sempre foi canalha. Uma das grandes culpadas das condições do país, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa”. Aliás basta ler e estudar o que escreveu Astrojildo Pereira para constatar a íntima e estreita ligação da imprensa comunista-maçônica com a ABI (Associação Brasileira de Imprensa);

8) Os intelectuais orgânicos constituem um PODER dentro do movimento comunista internacional, um PODER mesmo. Seriam algo equivalente a generais de 5 estrelas. O que eles decidem a militância partidária EXECUTA. Não há nem rebelião nem questionamentos por parte da militância partidária quanto aos “ENSINAMENTOS e/ou TEORIAS” propostos pelos intelectuais. Há uma HIERARQUIA de PODER dentro do movimento comunista internacional e ela não é quebrada de modo algum;

8) O povo adestrado (mas que não é militante político) no método ideológico dentro da esfera educacional sequer percebe que EXIGE que TODO INTELECTUAL de VERDADE funcione como INTELECTUAL ORGÂNICO, ou seja, que seja adepto de ideologias específicas que lutam para conquistar o poder. Além disso, esse povo recusa-se a construir uma estrutura hierárquica minimamente organizada de militância civil para fazer frente A- PARTIDÁRIA aos intelectuais orgânicos. Agem às soltas, cada um com seu cada um, com “lideranças” episódicas e ignorantes, desprovidas do menor CONHECIMENTO TEÓRICO-CONCEITUAL exigido para combater os intelectuais orgânicos. Essa forma de agir é um eficientíssimo processo auto-fágico fabuloso poderosamente auto-destruidor. Esse comportamento do povo denota muito mais do que um paradoxo, trata-se de uma aberração disfuncional cognitiva produzida pela mentalidade esquerdista histérica criada pelo analfabetismo funcional. Isso não é um insulto, é um dado científico. Toda a gente que foi educada no Brasil desde 1930 o foi dentro desse modelo. Portanto, urge que se faça essa tomada de AUTO-CONSCIÊNCIA, pois, sem ela, nada pode ser feito.

Concluindo. Do acima exposto entende-se que a CULTURA e não a POLÍTICA é o campo de combate letal e vital sobre o qual todo o povo deve se debruçar. A CULTURA pauta os temas da POLÍTICA, e não o contrário. A POLÍTICA é simplesmente a mera expressão prática/legal do que já está construído e disseminado no campo das IDEIAS, da CULTURA.

Urge Construir ALTA CULTURA neste país. Para tanto, urge a criação de uma geração de intelectuais e de civis versados em ALTA CULTURA, bem como uma linha mastodôntica de produção de livros, de bibliografias que dissequem a verdadeira história e cultura brasileira (fora do viés esquerdista) são PILASTRAS FUNDAMENTAIS para o Brasil. Isso não se faz em 1 ano, é trabalho de décadas.

Quando Deus perguntou à Salomão o que ele desejava ele pediu Sabedoria e Entendimento. Eis o que precisamos, e junto com isso, precisamos ter a paciência hierárquica das abelhas e das formigas. De cigarras o Brasil está cheio, cantam até estourar. URGE TER PACIÊNCIA.

AS IDEIAS TEM CONSEQUÊNCIAS! HÁ IDEIAS BOAS E HÁ IDEIAS MÁS

 

Intelectuais de verdade não são, por essência e definição, intelectuais orgânicos. A semelhança entre um e outro é a mesma que possa existir entre as orquídias de Salomão e os venenos das víboras.

 

Hoje, às 17h, hangout aberto:

AS IDEIAS DE INTELECTUAL X INTELECTUAL ORGÂNICO, com Loryel Rocha

Antonio Gramsci (1891-1937) define duas categorias de intelectuais: o orgânico e o tradicional. Mas, antes dele, a mutação da ideia de intelectual, bem como de educação já estava em curso. Qual o papel de ambos os intelectuais para a cultura e a política?


 

Exemplo de um intelectual orgânico e como deve ser tratado segundo a página Nova Portugalidade:

“Página “Nova Portugalidade” mostra como deve ser tratada certas publicações históricas no Brasil – 1808 de Laurentino Gomes.”

link: https://quintoimperiobrasil.wordpress.com/2017/04/15/pagina-nova-portugalidade-mostra-como-deve-ser-tratada-certas-publicacoes-historicas-no-brasil-1808-de-laurentino-gomes/

 

Uma das grandes invenções dos intelectuais orgânicos é sobre a decadência da Armada de Portugal a quando da vinda da Família Real em 1808. Sobre isso, transcrevo, na íntegra, texto de Rafael Pinto Borges:

“O mito da decadência portuguesa nos mares: a Armada que Napoleão queria para si

Da força dos portugueses no mar se diz, normalmente, que se foi dilatando e fortalecendo até ao século dourado de Quinhentos e, logo, estagnando e minguando para a banalidade e a insignificância. Trata-se de outra falsidade, infirme e precária como as restantes; um pouco de estudo, uma gota de leitura e uma pitada de amor à verdade e imediatamente se esfuma. A realidade não se limita a encontrar-se distante dessa mentira; com efeito, está-lhe nos antípodas.

Tomaremos por elemento de análise o Portugal de 1807. Nesse ano, a Metrópole deprimida, pobre e atrasada que retrataria Herculano era centro de um império que atingia a sua máxima extensão territorial. De presença sólida na América, na Europa, na África e na Ásia, Portugal vivia do mar, e dele dependia para a protecção de, e comunicação entre, as diversas parcelas da Monarquia. Ao contrário do que se dera no século XVI, não era potência hegemónica em parte alguma do globo. Contudo, nem por isso se fizera pouco significativo. Visitando Lisboa em 1806, o almirante inglês Conde de São Vicente – que fizera o nome e obtivera o título ao bater, no homónimo cabo algarvio, uma frota francesa durante a Guerra dos Sete Anos – registou ter visto no Tejo 15 navios de linha de segunda, terceira, quarta e quinta classe. Liderando a armada surgiam o Príncipe Real e o Príncipe do Brasil, um de 110 peças e outro de 84. Ambos seriam pouco menores que o espanhol Nuestra Señora de la Santíssima Trinidad, até 1805 o maior vaso de guerra do mundo. Entre outros navios mais pequenos ou de apoio à frota principal, viu várias dezenas de embarcações.

Convirá, para perceber a escala da força que Portugal possuía na boca do Tejo – e a armada atlântica do país não se limitava, como sabemos, aos navios sediados em Lisboa, uma vez que lhe era confiada a protecção das águas do Brasil, de Angola e restantes entrepostos portugueses desse oceano – compará-la à de outras potências europeias. A frota russa do Báltico – que em 1807 protagonizou, comandada pelo vice-almirante Dmitry Senyavin, curioso incidente frente a Lisboa – compunha-se de 7 navios de linha; em Trafalgar, onde Nelson desbaratou franceses e espanhóis, a força britânica compunha-se de 27 navios de linha, a espanhola de quinze e a francesa de 18.

Bem se percebe, pois, que o Imperador Napoleão pretendesse abocanhar a frota portuguesa. Perdidas as da França e da Espanha, sua aliada, em 1805, a entrada de Junot em Lisboa destinar-se-ia, entre outros propósitos, ao de render a Paris o controlo da armada de Portugal. Deu-se mal, como sabemos, pois a cobiçada frota saiu de Lisboa, rumo ao Brasil, dias antes da entrada triunfante do general francês na capital. Com ela se escapou o braço forte de Portugal e, por isso, a última esperança de que a França viesse ainda a disputar o controlo dos mares com a Inglaterra.”

Rafael Pinto Borges

link: https://www.facebook.com/novaportugalidade/photos/a.1702907456634281.1073741828.1702491076675919/1891139071144451/?type=3&theater

 

 

Compartilho link importantíssimo para o hangout de hoje AS IDEIAS DE INTELECTUAL X INTELECTUAL ORGÂNICO, com Loryel Rocha. Estará também disponível no hangout:

Câmara dos Deputados Comissão de Educação e Cultura


RELATÓRIO FINAL DO GRUPO DE TRABALHO ALFABETIZAÇÃO INFANTIL: OS NOVOS CAMINHOS

APRESENTADO NO SEMINÁRIO O PODER LEGISLATIVO E A ALFABETIZAÇÃO INFANTIL: OS NOVOS CAMINHOS

Brasília, 15 de setembro de 2003

link: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ce/documentos-1/relatorio-de-atividades/Relat_Final.pdf

 

Compartilho outro link importantíssimo para o hangout de hoje AS IDEIAS DE INTELECTUAL X INTELECTUAL ORGÂNICO, com Loryel Rocha. Estará também disponível no hangout:

“Os novos caminhos da alfabetização infantil”, Fernando C. Capovilla (Org.)

link: http://memnon.com.br/produto/os-novos-caminhos-da-alfabetizacao-infantil/

 

Resposto e explico que Alta Cultura é um feito próprio dos Intelectuais genuínos onde os intelectuais orgânicos estão, por definição e essência, excluídos.

IMPORTÂNCIA DA CULTURA SIMBÓLICA NA ALTA CULTURA

Se ao falarmos em CULTURA pensássemos em CULTIVO muitas violências e ignorâncias seriam evitadas. Há 2 tipos de CULTIVO: o do CORPO e do ESPÍRITO/ALMA. Por conseguinte, a CULTURA ( a ALTA CULTURA) é o Cultivo Simultâneo do Corpo e do Espírito, mas, não como opostos polares, emblema por excelência das oposições máximas e irredutíveis, mas, sim como opostos polares complementares. “Os opostos polares complementares não são apenas as extremidades de uma escala, mas as matrizes de uma harmonia […] Entre esses dois planos, separados por muitos “mundos”, deve haver necessariamente muitas transições e atenuações” (Olavo de Carvalho). Esses dois planos (do Corpo e do Espírito) estão conectados por “cima”, podem estar em “analogia”.

Na Simbólica das Tradições Espirituais um símbolo não tem jamais o mesmo significado quando considerado em planos diferentes de realidade, por exemplo, o coração do homem e o coração do Sagrado Coração de Maria. O que estabelece a analogia é o fato de ambos os entes (o coração) estarem ligados a um mesmo princípio. Assim, entre o Corpo e o Espírito há muitos “mundos” e é preciso, portanto, analogias para subir da percepção sensível ( Corpo) à apreensão da essência espiritual (Espírito), ou seja, ir do visível ao invisível, ir da Natureza à Graça e, vice-versa. A escada das analogias é uma espécie de Escada de Jacó, nos degraus do Paraíso de Dante, transitando em todas as Hierarquias do Conhecimento Espiritual.

A CULTURA SIMBÓLICA, por meio das analogias, visa transpor esse hiato de oposição polar para atingir um Conhecimento vivido e concreto do universal. O SÍMBOLO é o elo perdido entre o mundo dos sentidos e os conceitos universais. A CULTURA SIMBÓLICA ao iniciar investigações de Solve et Coagula, ou seja, pela alternância alto-baixo (materializada na fórmula alquímica “A Materialização do Espírito e a Espiritualização da Matéria”), universal-particular , realiza em modo constante a subida e a descida das analogias da Escada de Jacó e ela constitui TODO o objetivo da educação espiritual, sendo portanto, fundamental e substancialmente, uma DISCIPLINA DA ALMA.

Assim, uma CULTURA que não eduque o Corpo e o Espírito os fazendo relacionar e interagir por meio das analogias é um simulacro de cultura. Eis o que se chama “cultura de massa”, onde desaparece o Ser Humano com toda a fenomenalidade que o envolve em dialética simbólica com o Cosmos. Eis a cultura atual do Brasil, materialista, por essência, mas, já de uma matéria vazia de sentido, uma vez que o próprio conceito de matéria só faz sentido à luz do Espírito, e vice-versa.

ALTA CULTURA é a vida intelectual superior de um país, o patrimônio mais valioso de uma nação (Olavo de Carvalho). Inexiste ALTA CULTURA sem CULTURA SIMBÓLICA. CULTURA SIMBÓLICA é uma DISCIPLINA DA ALMA, fala em Corpo e em Alma, de Corpo e de Alma.

“Com símbolos, expressamos o que não poderíamos fazer de outro modo, porque, com êle, transmitimos o intransmissível”. (Mário Ferreira dos Santos)

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